terça-feira, 31 de março de 2015

Reitora da UFPB descarta liberar acesso ao RU, mas garante alternativa “popular”

Reitora da UFPB descarta liberar acesso ao RU, mas garante alternativa “popular”

Em entrevista coletiva realizada no final da manhã desta terça-feira (31), na sede da OAB, em João Pessoa, a reitora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Margareth Diniz, considerou como “surreal” a reivindicação dos estudantes para liberar o acesso ao Restaurante Universitário para todos os alunos.

Segundo Margareth a liberação do RU para toda a comunidade universitária não tem condições de ser viabilizada, já que o número de refeições é feito de acordo com o número de estudantes cadastrados. “Essa liberação não vai acontecer e nem pode acontecer”, avisou.

Como alternativa, a reitora disse que pretende viabilizar um projeto de construção de um restaurante popular que possibilite a venda de refeições com preços mais acessíveis para os estudantes e servidores que não são cadastrados no Restaurante Universitário.

Já sobre a ausência de professores no Campus da UFPB em Santa Rita, a reitora explicou que já solicitou a formação de uma Comissão e a Pró-reitoria de graduação já está se reunindo para solucionar o problema.

“Isso acontece porque o Campus foi liberado de forma mais urgente, mas essa situação já está sendo resolvida e hoje ainda também conversaremos com os estudantes para que o prédio da reitoria possa ser liberado”, destacou.

Antes do final da entrevista alguns estudantes da UFPB compareceram ao local e iniciaram um bate boca com a reitora, que decidiu suspender a coletiva.

Margareth assegurou, no entanto, que vai conversar com todos os estudantes ainda nesta tarde para tentar por fim ao impasse.

Nota

NOTA SOBRE A OCUPAÇÃO DA REITORIA


Nós, estudantes organizados numa frente em defesa da assistência estudantil da Universidade Federal da Paraíba em João Pessoa, estamos ocupando a reitoria desde as 13h da segunda-feira, dia 30/03/2015, para dar visibilidade às reivindicações que dizem respeito à política de assistência estudantil.

O movimento começa pela necessidade dos discentes de receber assistência estudantil de qualidade para garantir seu direito à inclusão e permanência na universidade. Há mais de dois anos tentamos dialogar com a reitoria, porém não obtivemos respostas satisfatórias às nossas demandas, que seguem: ampliação do número de vagas e melhoria estrutural das residências estudantis, reajuste do auxílio moradia e alimentação, bem como celeridade nestes processos, e Restaurante Universitário de qualidade para todos, com ampliação da quantidade de vagas. Atualmente no campus I, com três restaurantes (estando dois deles desativados), estudantes não cadastrados precisão formar fila de espera e, na totalidade das vezes, vários ficam sem alimentação.

Percebe-se que estas demandas não são exclusividades desta capital; os campi nas cidades de Areia, Bananeiras, Santa Rita, Mamanguape e Rio Tinto também passam por esses descasos e outros problemas. Assim, reivindicamos a reformulação da política de assistência estudantil.

Para desocuparmos a reitoria, nós exigimos:

Uma audiência pública com pauta exclusiva da assistência estudantil com a magnífica reitora Margareth Diniz e representantes da PRAPE (Pró-Reitoria de Assistência e Promoção Estudantil) na data de 31/03/2015 (terça-feira) às 11 horas da manhã no espaço do Centro de Vivências da UFPB;

Portanto, convocamos a comunidade acadêmica, corpo discente, docente e funcionários, bem como a sociedade civil para ingressar nessa luta. Sem assistência não há PERMANÊNCIA.


“O país que precisamos construir, com oportunidade para todos, depende do êxito dos nossos esforços no campo da educação.” BRASIL UMA PÁTRIA EDUCADORA


PbAgora

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