sexta-feira, 3 de abril de 2015

Paraibana vive Semana Santa sem consumir carne, novelas e doces

Edith dos Santos segue tradições populares na Semana Santa (Foto: Gustavo Xavier / G1)

Para a paraibana Edith dos Santos de 59 anos, natural de Esperança, a Semana Santa é a época quando o católico deve rezar mais e se desligar do mundo de pecado. Com tudo isso vêm os costumes que duram anos. A esperancense diz que na Semana Santa, além de comparecer a todos os eventos feitos pela igreja católica, segue tradições culturais.

"Na Semana Santa, além de não comer carne, eu não assisto novelas, apenas missas. Não consumo doces, sejam chocolates, cocadas e balas. É um costume que eu tenho há muito tempo que veio dos meus parentes", contou Edith completando que antigamente nem varria a casa na sexta-feira, mas voltou a varrer por causa da saúde dos netos.
Para o vigário geral da Diocese de Campina Grande, padre José Assis Pereira, é preciso separar o que é catolicismo e cultura popular. "Uma coisa é a liturgia oficial, outra coisa são superstições que nasceram na Idade Média e correm paralelamente à Semana Santa", disse.
Edith dos Santos ainda é radical na sua vaidade. Durante a Semana Santa, ela diz que não cuida das unhas e do cabelo. O costume se estende para os seus filhos também. Alielda dos Santos, filha de Edith, conta que a mãe implementou na sua rotina as tradições. "Não podemos cuidar da vaidade e devemos ir para todos eventos da Semana Santa. É uma tradição familiar", afirmou.
Em relação a esses novos jejuns, o padre José Assis acha louvável. "É a cultura moderna e a igreja teve que se adaptar. Jejum é dar espaço para aquilo que traz dependência. É importante para o católico se voltar para a Semana Santa com todo o coração", disse.
G1Pb

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