
Com as informações, o órgão listou sete ações a tomar. Entre os próximos passos, a Receita pretende identificar primeiramente contribuintes com interesse fiscal para o período de 2011 a 2014, para poder fiscalizar valores eventualmente sonegados. Quando levantadas as pessoas jurídicas, a Receita vai trabalhar no reconhecimento das respectivas pessoas físicas relacionadas.
O trabalho do órgão também visa identificar contribuintes já falecidos e possíveis herdeiros, além de analisar vínculos entre os contribuintes identificados. A ação tem como objetivo encontrar grupos de contribuintes relacionados, para tratamento em conjunto.
A Receita também conta com o intercâmbio de informações com o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), vinculado ao Ministério da Fazenda, de modo a buscar indícios de possíveis práticas de crimes financeiros, como evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A instituição afirmou que pretende aprofundar as investigações dos casos mais graves, identificados a partir da investigação estabelecida e do trabalho com o Coaf, com o acionamento da Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
De acordo com a legislação brasileira, abrir conta em bancos no exterior no confere crime, a menos que os valores transferidos não sejam declarados junto à Receita Federal e ao Banco Central. A investigação parte da suspeita sobre a origem dos recursos depositados nas contas correntes de brasileiros no HSBC suíço.
Desde 8 de fevereiro, o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (www.icij.org) publica reportagens com base em planilhas vazadas por um ex-técnico de informática do HSBC. No Brasil, a apuração é realizada com exclusividade por O GLOBO e pelo UOL.
O Globo
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